sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Entrevistas de emprego - parte II

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Quando enviamos curriculum's, aquilo que mais queremos é ser contactados, seja via e-mail ou chamada telefónica, para uma entrevista de trabalho. Quando isso acontece ficamos contentes, pois é uma porta que se abriu, literalmente. E quando a entrevista é num local que não está identificado sequer, como sendo da empresa, para onde enviámos o cv? Foi o que me aconteceu em uma das entrevistas que fui.

Tinha a morada completa do local onde seria a entrevista, mas esperava encontrar o escritório identificado com o nome da empresa, o que não aconteceu. Tive que telefonar a saber exactamente onde era e prontamente me explicaram. Ficava num prédio habitacional, recente por sinal, numa das lojas do rés-do-chão que o mesmo tinha, apenas com as letras do número da loja. Podia perfeitamente ter passado por lá e nem perceber que era ali! E realmente passei! Bati à porta e identifiquei-me, preenchi um breve questionário, acerca da minha vida profissional e aguardei a minha vez. Sim, aqui também era por ordem de chegada, mas eram três pessoas que estavam à minha frente, nada comparado com a última que relatei. Enquanto esperava pela minha vez, observei a rececpção à procura de qualquer documento com o nome da empresa, fosse o que fosse, será que o encontrei? Não! Isso deixou-me intrigada... Já não bastava não haver nada na internet sobre a empresa, como ainda no próprio escritório não havia um único documento com um logótipo ou nome a dar conta da sua existência. A única coisa que havia naquelas paredes, eram aquelas frases feitas sobre o trabalho em equipa a tentar motivar quem as lia. Algo deste género:


Sinceramente aquele tipo de frases e imagens, num local de trabalho, faz tudo menos incentivar... Enquanto trabalhadora preferia muito mais umas palavras ditas pessoalmente pela chefia a motivar-me a ser melhor profissional, do que frases feitas para mostrar que ali é que é fixe trabalhar, pois é tudo motivação e excelente ambiente de trabalho, de pressão também, diga-se! God, não!
Entretanto chegou a minha vez de ser entrevistada, como eu adoro as frases que deve dizer a todas as candidatas, como por exemplo: é muito bonita ou tem um sorriso que contagia. Ainda me disse que era cliente do meu antigo trabalho, como se isso fosse relevante para o caso. Mas para mim o melhor foi eu ter-me candidatado para um posto de trabalho e depois terem-me sugerido outro, que nada tinha a ver com o primeiro. Imaginem eu ter enviado a minha candidatura para secretária, por exemplo e terem proposto ir para comercial de brindes publicitários, porta-a-porta! Ok, faz todo o sentido aquele tipo de frases para comerciais, mas para mim não! Melhor de tudo: se fosse selecionada para secretária, tinha que primeiro trabalhar como comercial durante umas semanas, como se fosse um estágio, pois acreditavam que devíamos de começar por baixo para entender a importância do posto que poderia vir a ocupar. Sorri sempre a mostrar simpatia, mas por dentro estava a detestar a ideia. E detestei mesmo!
Agora vem a parte em que diz que depois contacta se for selecionada. NOT!

- De que rede é? - pergunta o senhor que me faz a entrevista.
- Rede (X).
- Ah! Então depois a partir das 17h da tarde ligue para este número - dá-me o cartão da "empresa" - para saber se foi selecionada.

WTF! Eu é que tenho que ligar? Esta foi a primeira vez que me aconteceu. Com que então se ela (eu) é que está interessada, então é ela que me vai ligar! (Imaginem agora uma imagem diabólica, muahhhh ah ah  muahhhh ah ah - riso maléfico!) Ela é da rede (X), não é da minha rede e pago as chamadas, que me ligue, se quer!
Calma! Vamos pensar: será que o senhor não teria saldo para me ligar? Teria ele daqueles tarifários de chamadas grátis apenas para a própria rede? Que empresa é aquela que não me pode ligar?
Perguntem lá agora: Então e ligaste para saberes se tinhas sido a escolhida? Não! Queria esquecer que tinha ido ali perder o meu tempo e dinheiro em transportes, para ir a uma empresa que parecia não existir.

O assunto ficou por ali. Até está semana me terem ligado. Então mas há quanto tempo foi a entrevista lá? Perguntem. Ora, foi em Abril deste ano, digo. Sim, sim, passaram sete meses. Só agora tiveram dinheiro para me ligar, temos que ser compreensivos. Basicamente a dizer que estavam novamente em fase de recrutamento, a saber se ainda estaria interessada no lugar. Eu disse que não! Aquela empresa não me inspira confiança nenhuma, nunca na vida iria trabalhar para lá! Ainda me questionou se estaria no part-time da altura da entrevista. PÁRA TUDO! Part-time? Oi? Eu nunca estive em part-time na altura da entrevista, nem anotações como deve ser sabem fazer...

7 comentários:

  1. Que vergonha...
    Mas fizeste muitíssimo bem em não aceitar :)
    Beijinhos*

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    1. Acredito que haja muitas mais histórias deste género, é juntar tudo e escrever um livro, hehe =P

      Obrigada pelo comentário!

      Beijinhos

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  2. realmente!! para tudo é preciso ter sorte, há muita gente a explorar os que necessitam de trabalho!!

    está a decorrer um giveaway no blog, participa!!
    beijinhos:)
    http://belezademulheremae.blogspot.pt

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    1. Para tudo mesmo! Os que entrevistam deviam de se informar sobre como fazer uma entrevista de forma correcta!

      Beijinhos

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  3. De acordo com publicidade recente a certos tarifários de telemóvel, esse senhor tinha sido atacado por uma preguiça, daí o facto de não ser possível contactar no caso de teres sido selecionada.

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  4. Que cena...
    Mas vais ver que vais encontrar algo logo, logo. O que importa é não baixar os braços.

    Beijinho e boa semana. Ah! E muita sorte! =))

    http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/

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    1. Obrigada :) A sorte há-de chegar em breve, é com o que conto sempre! Algum dia vai ser!

      Beijinhos e boa semana também!

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Comentários ao luar