A outra vê o homem que mais ama, passar do outro lado da rua, de mão entrelaçada com a sua mulher, de olhar cúmplice e a sorrir. São felizes, dizem aqueles que olham o casal apaixonado. Os amigos (do casal) juram que são um casal exemplar, com um amor inabalável, que será para a vida. A outra sabe que nunca será a mulher para a vida, aquela de quem os amigos falam. Quando cai a noite, sozinha no seu quarto, na sua cama larga, que tem duas almofadas, para quando o seu amor lá dorme, ela sozinha, chora. Não o tem durante a noite. Não o pode ter. Nunca saberá o que é dormir uma noite inteira agarrada a ele e acordar no seus braços.
Muitas vezes estes homens têm filhos, uma vida estável, um casamento já duradouro, a família está construída e acabar com tudo isto é tarefa impossível. Encontram na traição a fuga à rotina, para manter muitas vezes, o seu próprio casamento. Acabam apaixonados por elas, mas jamais o vão assumir.
Aqui podem acontecer duas situações:
- Elas não sabiam que eles eram casados, pois apresentou-se como um homem solteiro e quando o descobre já é tarde demais, já está apaixonada, ele acaba por se apaixonar também e decide contar-lhe a verdade, pois não merece ser enganada. Aí ela tem duas hipóteses: é a amante ou tem dignidade por si mesma e acaba com tudo. Perde o seu grande amor.
- Elas já sabiam que ele era casado, até conhecem a mulher dele, mas não escolheram o homem a quem o coração quis amar. E assim elas amam-lo em segredo, à espera do dia que possam gritar ao mundo o quanto o querem.
Agora quero o vosso feedback. Conhecem alguém que seja a/o outra/outro? O que acham que os leva a continuar nessa situação?