sábado, 2 de janeiro de 2016

Chega assim o novo ano 2016

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Foi quase num piscar de olhos, que 2015 passou e 2016 chegou! O ano de 2015 foi um bom ano! Tive saúde, trabalho, família e amigos por perto, o que podia pedir mais? São estes os ingredientes base para a nossa vida, o resto, bem o resto... vamos construindo. 2016 também conto que seja um ano bom, está tudo previsto para o ser.
 
A minha passagem do ano, foi feita em casa, no aconchego do lar, junto de família e amigos. Dei um jantar em casa, onde não faltou a decoração especial na mesa, a melhor louça a uso, as velas, tudo a que se tem direito, no último jantar do ano, de extrema importância, claro! :) Fui eu que cozinhei, algo de que gosto muito de fazer e decorei a mesa! Fiz uma massa folhada, recheada de vários tipos de queijo, atum, noz e temperos, pincelada com ovo, que foi ao forno alourar. Depois chegou a vez do mel se juntar à massa folhada e ficou um contraste muito saboroso. A acompanhar, uma salada campestre e nozes, regada com vinagre balsâmico. Recomendo! A beber, vinho rosé, o meu vinho preferido.
 
Seguimos a contagem na televisão, dos últimos segundos do ano 2015, e brindámos ao novo ano. O espumante e as doze passas, ingeridas ao mesmo tempo que pensei nos doze desejos, fazem já parte da tradição há anos! E vocês, têm alguma superstição ou tradição, que sigam nesta passagem do ano?
 
Votos de um feliz ano 2016, para todos aqueles que estão desse lado a ler-me. Que os vossos desejos se concretizem todos e que haja saúde, o principal! Procurem ser felizes! Vou fazer o mesmo.
 
Um brinde!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Natal

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O natal começa a ser preparado cerca de um mês antes. Vamos buscar a árvore artificial, que é o mais aproximado possível de um pinheiro natural, e começa-se a colocar os enfeites. Decora-se o resto da casa e qualquer um que entre nela, vais perceber que ali está o natal. Depois é feita a lista das pessoas que vão ser presenteadas, na noite do dia 24 para 25 de Dezembro. Os presentes são comprados com antecedência, e uma semana antes da noite mágica, as compras dão-se por terminadas. Não houve correrias, tudo foi comprado com tempo e calma. Tudo foi verdadeiramente saboreado, como a época manda.
 
No dia 24, faz-se as últimas compras para o jantar, pois quer-se tudo fresco e os legumes do dia. Fazem-se os doces típicos, os salgados, vai-se comprar o bolo rei, que já não vem com brinde. A casa cheira a fritos e eu esqueci-me de guardar o casaco. Paro e olho para o pinheiro, percebo o quanto gosto desta época e de tudo o que ela trás. Gosto das cores, dos enfeites, das luzes a piscar, da compra dos presentes, escolhidos a pensar propositadamente naquela pessoa, dos doces, do bacalhau que não é cozido, do vinho bebido ao jantar, do champanhe com que se brinda, do gorro de Pai Natal e das hastes das renas, do feliz natal pendurado na porta de casa, a dar as boas-vindas a quem vem por bem.
 
Guarda-se os presentes em sacos, embala-se a comida ainda quente, vestem-se os casacos, despedimo-nos da Estrela, desligamos tudo e fechamos a porta de casa. Há um silêncio na rua, que quase ensurdece, as persianas estão corridas e não há movimento que se aponte. As famílias seguiram viagem e foram reunir-se com os seus entes queridos. Fizemos o mesmo. Este ano, não é na minha casa.
 
O natal é isto! É sentarmo-nos à mesa, rodeados de quem gostamos, comermos bem, olharmos para o relógio e já é meia-noite. Abrimos os presentes, partilhamos histórias e a noite já vai longa. No dia 25 é altura de estrearmos o que recebemos e começar a pensar no final do ano que já se aproxima. A Estrela abre o seu presente, como membro da família que é, também tem direito ao seu. O natal está quase a terminar, demorou tanto a preparar, para em duas noites acabar. Vem aí o ano novo!
Gosto disto: do natal!
Não gosto do consumismo e das corridas para o shopping, para trocar aquela roupa que não serve ou que não se gosta, até mesmo para serem os primeiros a aproveitar as promoções logo após o natal...
Pinheiro e eu

Feliz natal para todos! Que seja uma época de paz, vivida com amor, onde a partilha impere! Até aos reis, ainda é natal!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

À espera da operação

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Crédito: Gazeta do Rossio
 
Morreu.
Numa cama do hospital de S. José, de Lisboa, o jovem Duarte, de 29 anos, que tinha família, namorada e amigos. Sentiu-se mal numa tarde de sexta-feira, 11 de Dezembro, uma veia tinha rebentado. Tinha sangue na sua cabeça, que cada vez mais se incumbia de espalhar, foi o aneurisma que tomou conta dele. Foi uma sexta-feira, que o deixou à espera para poder ser operado e era urgente! Urgente! Ia salvar-lhe a vida. Mas não salvou, porque vinha o fim-de-semana e não havia uma equipa médica especializada para o operar. Não queriam trabalhar ao fim-de-semana pelo valor que o estado lhes tinham oferecido. Tinha que esperar por segunda-feira. E o jovem esperou e piorou. A madrugada de segunda-feira, do dia 14, levou a melhor e já não o operaram como prometido, porque estava em morte cerebral. Custa-me a acreditar que isto aconteceu, mas é a verdade! Foi mesmo verdade... É o sistema nacional de saúde, a matar por dinheiro! Como fica aquela família? O David Duarte morreu sem que tentassem sequer, salvá-lo... Este caso e outros entretanto descobertos, vieram a público, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo demitiu-se, esta terça-feira, dia 22 de Dezembro. Houveram mais mortes negligenciadas.
Um corpo que morre, já não volta a nascer, e a alma que parte, já não volta a sentir. Nunca mais.
 
 
Fica a carta emocionada, escrita pela namorada, Elodie Almeida:
 
Na sexta-feira, dia 11 de dezembro, em pânico, liguei para o 112 por volta das 14h30. O David ficou paralisado do lado direito, sem conseguir formular frases. Tentava falar mas era incapaz, apenas conseguia gritar e chorar. A ambulância chegou, o David estava consciente e ciente daquilo que lhe pediam e perguntavam, porém, continuava sem conseguir expressar-se. Ajudaram-no a vestir-se e a calçar-se, colocando-o de seguida numa cadeira de rodas, visto que não tinha força na perna direita.
Fui com eles na ambulância. O David chegou ao Hospital de Santarém e foi logo colocado em observação. Fizeram-lhe exames, enquanto aguardei.
Após 30 a 45 minutos de espera, deixaram-me vê-lo. O David dormia mas por vezes abria os olhos. Estava muito agitado. O médico acordou-o e pediu-lhe para levantar os braços e ele conseguiu levantar apenas o braço esquerdo. Pediu-lhe para levantar as pernas e ele conseguiu levantar a esquerda e, muito lentamente, levantou a direita. Estava consciente.
Pouco tempo depois, fui chamada, eu e a avó materna do David, que se encontrava no hospital por outros motivos. Anunciaram-nos, numa sala à parte, que o David tinha tido uma hemorragia cerebral e um grande hematoma e teria de ser transferido de urgência para o Hospital de São José, em Lisboa. Apenas tive tempo de lhe dar um beijo. Ele abriu os olhos e eu disse-lhe: “Eles vão cuidar de ti.” Foi de imediato transferido pelo INEM, penso que seriam cerca de 18h.
Esperei umas horas pelo meu pai, que veio de Coimbra buscar-me para seguirmos para o Hospital de São José. Chegámos por volta das 22h, penso eu. Pedimos informações, procurámos o edifício que nos referiram, porém estava fechado.
Apareceu uma enfermeira, que gentilmente nos fez entrar e aguardar pela médica. Esperámos cerca de uma hora. No final, foram dois médicos que se reuniram connosco numa sala. Estávamos presente eu, o meu pai, Fernando, e a Sra. Zélia, mãe do David, que fomos buscar a Vila Chã de Ourique no caminho para o Hospital de São José.
Ali anunciaram-nos, descontraidamente, que se tratava da rutura de um aneurisma, que o sangue se espalhou pelo cérebro e que, geralmente, estes casos de urgência teriam de ser tratados de imediato, ou seja, o doente teria de ser logo operado. Mas como os médicos referiram, infelizmente calhou ser numa sexta-feira, logo não iria haver equipa de neurocirurgiões durante o fim de semana. O David teria de aguardar até segunda para ser operado. Deram-me a entender que o sangue espalhado pelo cérebro poderia, muito provavelmente, causar sequelas e posteriormente múltiplos AVC.
No sábado, dia 12, visto que a família mais próxima do David decidiu visitá-lo, estando eu em Coimbra, decidi ficar, ligando constantemente para o hospital para pedir informações (raramente era atendida ou pediam para ligar mais tarde). Pedi ao Sr. José, tio do David, para pedir informações junto às enfermeiras ou aos médicos, pois queria saber se existia a hipótese de o David ser transferido para outro hospital, de forma a ser operado o mais rapidamente possível. Pelo que entendi, a melhor opção era sem dúvida o Hospital São José e não seria apropriado transferi-lo.
Nesse mesmo dia, a mãe do David referiu que ele abria os olhos, levantava os ombros e sentia frio nas pernas, tendo tido a iniciativa de se tapar com o lençol, apesar de as enfermeiras terem informado que não estaria consciente, que não iria reconhecer-nos e que estava demasiado confuso e perturbado. Visitei o David no domingo, dia 13, e ele estava em coma induzido.
Disseram-me que o caso se tinha agravado, que ele vomitou durante a noite, que começou a fazer demasiado esforço para respirar e que o coma induzido seria uma forma de ele não permanecer agitado e de o ajudar a respirar, de modo também a prepará-lo para a cirurgia de segunda-feira de manhã.
Anunciaram-me que a sorte dele era ser novo, mas que o grande problema era o sangue espalhado pelo cérebro, que poderia provocar sequelas e outras complicações. Porém, algo bom aconteceu. Segundo o médico, criou-se um coágulo de sangue que permitiu “fechar” a veia, mantendo o sangue a circular dentro da mesma e permitindo que ele ficasse calmo e que a veia não voltasse a rebentar. A operação consistia na remoção do hematoma e desse coágulo, selando a veia através de um “clipe” e eliminado definitivamente o aneurisma.
Por outro lado, o meu pai falou com outra médica, que confirmou que a operação seria no dia seguinte de manhã e que seria melhor aguardarmos 48 horas antes de visitar o paciente, para não ficar perturbado.
No dia seguinte, segunda-feira dia 14, liguei várias vezes, querendo saber como tinha corrido a operação. No momento em que atenderam, por volta das 14h30, disseram-me simplesmente que não tinha sido realizada e que seria melhor deslocar-me ao Hospital São José, sem acrescentarem mais informações. Eu própria tive de informar a mãe do David, visto que ninguém do hospital nos telefonou.
Mais uma vez, fomos de Coimbra até Vila Chã de Ourique buscar a mãe do David. Chegámos ao Hospital de São José e aí anunciaram-mos que o David tinha tido morte cerebral e que seria irreversível. Não me deram mais detalhes. Completaram esta grave notícia, anunciando que no mesmo dia ou no dia seguinte ele seria operado para a doação de alguns dos seus órgãos.
Fonte: Jornal Expresso

 
 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Recomeço da Estrela ao Luar

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A Estrela ao Luar, regressa, depois de uma longa pausa, não premeditada, mas que aos poucos se foi impondo, sozinha! Os dias passaram, transformaram-se em semanas, meses e agora, cerca de um ano depois, está de volta!

Aconteceu muita coisa neste último ano: Festejei mais um ano de vida e a Estrela fez o seu quinto aniversário. O meu sobrinho também completou o seu primeiro aniversário! E agora vai ter uma irmã, pronta a vir ao mundo em Fevereiro. Estou super ansiosa, de conhecer aquele ser pequenino, por quem já sinto amor.

No final do ano passado, fui a mais uma entrevista de emprego, que correu bem e começava o meu novo percurso profissional no dia 2 de Janeiro de 2015. Comecei o novo ano com o pé direito! Deixei de pertencer à lista de desempregados do país, felizmente! Claro que, depois da minha filha casar, não faltam casadoiros, como diz o ditado popular, surgiram outras propostas de emprego, que me davam o lugar, mas já tive que as recusar! Dá para acreditar?

Andei pela primeira vez de avião (é verdade!), numa viagem a Londres, que adorei e quero voltar a repetir para o próximo ano!

O meu ídolo, Manoel de Oliveira, deixou este mundo e foi para o outro, levando consigo a esperança de um dia me cruzar com ele. Talvez seja do outro lado!

Juntei-me à Yves Rocher, enquanto conselheira de beleza, já era sua cliente e sempre foi uma marca que gostei e agora tenho a oportunidade de a dar a conhecer a outras pessoas. A LR  Health & Beauty Systems, também se introduziu na minha vida, como parceira. Dois projetos de marcas distintas, mas que teem em comum, a venda de produtos de beleza e outros, por catálogo. Marcas em quem confio e acredito, de outra forma não me ligaria a elas.

Hoje, já é dia 20 de Dezembro, e daqui a cinco dias, é o dia de Natal! Adoro esta época natalícia!

Espero que voltem a acompanhar-nos desse lado, por isso, sejam, novamente, bem-vindos/as! Aos que aqui nos lêm pela primeira vez, sintam-se à vontade, para descalçar os sapatos, sentarem-se, relaxar e beber um vinho rosé do bom, bem-vindos/as!
 
Paula e Estrela

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Eu sou a outra

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No seguimento da conversa da outra, o cantor Paulo Gonzo, de quem gosto, diga-se, canta em dueto com Matias Damásio, a música Eu Sou a Outra, onde falam exactamente da mulher amada que é a segunda escolha, usada para a traição. Resumindo: a amante. A letra é maravilhosa, tem um carácter humorístico, a meu ver, e que me levou a acrescentar uns coros em jeito de brincadeira. Escutem a música, ao mesmo tempo que acompanham a letra. Digam lá se não está aqui uma coisa gira ;) Divirtam-se que a vida são dois dias e um já foi!
 
 

 
Eu sou a outra (pois és)
Aquela que todos condenam (querias o quê)
Que ao meu lado ele é feliz (será que é?)
Que tudo eu fiz nunca falam (não sabem)
 
Limitam-se a ofender-me (és a amante)
Lutam para me destruir (não devias existir)
Ignoram meus sentimentos (não os devias ter)
E meus olhos sempre choram (mais e mais)
 
Na rua me chamam nomes (és a outra)
Trambiqueira interesseira (és?)
Já dizem que eu não te amo (amas)
Que te engano com outros homens (não sabem)
Eu choro, eu choro (mais e mais)

Minha mãe para mim não fala mais (normal, tem vergonha)
Meus irmãos estou a perder (deixa-o)
Eu choro, eu choro (chora)
Minha família eu sacrifiquei (erras-te)
Por ti meu grande amor (nunca devia ter começado)
 
Eu sei que ele é casado, tem família e tem mulher (não fazes parte)
Mas o que é que eu vou fazer (deixá-lo)
Se o meu coração, assim quer (manda a razão)
Queria eu também ter um homem só para mim (vais ter)
Mas o que é que eu vou fazer (deixá-lo)
Se a destino não me dá (tens que olhar bem)
 
Quando o filho dele em casa esta doente, eu também choro (chora mais)
Quando ele fica triste em casa, eu também deprimo (totó)
Eu sei que ele só vem aos domingos e as segundas (já vais com sorte)
Mas eu lhe amo mesmo assim, eu lhe amo mesmo assim (burra)
 
Não me faltam homens que queiram me dar um anel (aceita)
Mas a verdade é que com ele eu me sinto (como?)
Como se tivesse subido ao altar (com duas noites)
Desculpa só é (desculpa-te a ti)
Eu sou a outra, também mereço ser feliz (claro)
O meu senhor aiaiaia também mereço ser feliz (mereces)
Eu choro, eu choro (mais e mais)
 
Assumo, assumo, assumo eu sou a outra (a segunda)
Eu sou a outra... (a sempre outra)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Ela é a outra

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Eu não sou a outra. Ela é! Ela é a outra. A outra é a segunda escolha do homem que ama.  Ele dá-lhe amor, mas é um amor dividido entre ela e a sua mulher, a oficial, que apresenta a toda a família e aos amigos. Ele diz amá-la e que vai lutar por ela, quem sabe poderá deixar a mulher. Promete ficar com ela e a outra fica à espera que esse dia chegue. Mas esse dia nunca chega. Ele gosta do perigo iminente de poder ser apanhado, da adrenalina na situação traiçoeira. Ele ama-a, mas ama ainda mais a estabilidade que o seu casamento lhe dá e por isso, a sua mulher, será sempre a sua mulher, e a outra, será sempre a outra.
A outra vê o homem que mais ama, passar do outro lado da rua, de mão entrelaçada com a sua mulher, de olhar cúmplice e a sorrir. São felizes, dizem aqueles que olham o casal apaixonado. Os amigos (do casal) juram que são um casal exemplar, com um amor inabalável, que será para a vida. A outra sabe que nunca será a mulher para a vida, aquela de quem os amigos falam. Quando cai a noite, sozinha no seu quarto, na sua cama larga, que tem duas almofadas, para quando o seu amor lá dorme, ela sozinha, chora. Não o tem durante a noite. Não o pode ter. Nunca saberá o que é dormir uma noite inteira agarrada a ele e acordar no seus braços.
Muitas vezes estes homens têm filhos, uma vida estável, um casamento já duradouro, a família está construída e acabar com tudo isto é tarefa impossível. Encontram na traição a fuga à rotina, para manter muitas vezes, o seu próprio casamento. Acabam apaixonados por elas, mas jamais o vão assumir.

Aqui podem acontecer duas situações:
  • Elas não sabiam que eles eram casados, pois apresentou-se como um homem solteiro e quando o descobre já é tarde demais, já está apaixonada, ele acaba por se apaixonar também e decide contar-lhe a verdade, pois não merece ser enganada. Aí ela tem duas hipóteses: é a amante ou tem dignidade por si mesma e acaba com tudo. Perde o seu grande amor.
Ou:

  • Elas já sabiam que ele era casado, até conhecem a mulher dele, mas não escolheram o homem a quem o coração quis amar. E assim elas amam-lo em segredo, à espera do dia que possam gritar ao mundo o quanto o querem.
 Afinal quem são estas mulheres? São mulheres cegas pela paixão, que procuram um pouco de carinho e afecto de um homem que não terá muito para oferecer, a não ser uns bons momentos a dois, passados com o tic tac do relógio a contar. Não terão uma casa para partilhar. Não o poderão apresentar à família como namorado. Não poderão falar ou estar juntos sempre que querem. Será a falta de amor próprio que as sujeita a isto? A outra merece ser a principal, a oficial da vida de alguém, merece ser respeitada e amada sem condições impostas.

Agora quero o vosso feedback. Conhecem alguém que seja a/o outra/outro? O que acham que os leva a continuar nessa situação?

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Leitura em Dia #2

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O Coleccionador de Sons

 

 
 
Título original: El Coleccionista de Sonidos
Autor: Fernando Trías de Bes
Género: Thriller/Romance
Editora: Porto Editora
Ano: 2008
Outros títulos do autor: Relatos Absurdos e Palabras Bajo El Mar
 
 
Sinopse:
 
Desde pequeno, Ludwig Schmitt von Carlsburg tem a assombrosa capacidade de dissecar os sons e albergá-los dentro de si.
Durante a infância dedica-se a colecioná-los, mas quando crê que a sua coleção já está terminada, descobre que lhe falta um som, uma frequência única, a mais ansiada, um som perfeito, celestial, mágico e eterno.
Dedicará então todas as suas energias a perscrutar os sons da Terra em busca do último som da sua coleção. Pelo caminho descobre que consegue cantar as sonoridades que guardou, convertendo-se no mais genial dos tenores da Alemanha.
Mas o seu dom esconde uma maldição.
Um thriller assustador, impregnado de romantismo e paixão, cuja trama inquietante cativa o leitor, da primeira à última página.

Este segundo livro, da rubrica Leitura em Dia, chegou-me às mãos como prenda de Natal, há uns anos, e até à poucos dias, ainda não o tinha lido. Após a leitura de um romance, queria experimentar ler o meu primeiro thriller.
Lido em poucas noites, porque adoro ler à noite, foi uma agradável surpresa! Adorei ler este livro! Conseguiu captar a minha total atenção em cada virar de página. Prendeu-me o olhar da primeira à última palavra lida. Quando ia a meio do livro, comecei a interessar-me tanto pelo livro, que me vi mergulhada naquela história de tal forma, que durante seis horas seguidas o acabei de ler! Não descansei enquanto não soube o que ia acontecer a seguir, sentia necessidade de desvendar os acontecimentos. O livro estava prestes a engolir-me e precisava de lhe dar um fim. Dei-lho!
Cada discrição do autor, a relatar personagens ou os locais, são verdadeiras pérolas imaginárias, que tão bem desenhei na minha mente.
A estória relata as memórias escritas de um padre, de nome Stefan, sobre a última confissão de Ludwig Schmitt von Carlsburg, personagem principal, que revela a Stefan antes de morrer, a sua bênção: a sua capacidade de dissecar sons e a sua maldição, que não revelarei aqui, pois é ela o motor de toda a estória. Este ao conhecer a maldição de Ludwig, uma vez que teve conhecimento da mesma em confissão, a única maneira de poder ver-se livre daquele segredo tão profundo e maldito, sem comprometer a sua condição de ouvinte, como sacerdote, é escrever em cadernos a confissão ouvida.
Verdadeira estória emocionante, carregada de romantismo, onde o amor sexual está presente e é levado até ao limite: a morte.
Para quem leu ou viu o filme O Perfume, História de um Assassino, esta trata-se de uma história muito semelhante, onde a personagem principal nasce com a capacidade de separar os sons que ouve, ao mesmo tempo que os guarda dentro de si. Para ele, ao ouvir uns passos, o som dá-lhe a capacidade de saber de que material é feito o sapato, a sola do mesmo, que tipo de chão é o que está a ser pisado... Ludwing vive à procura do som que lhe falta, um som perfeito, aquele nunca ouvido, aquele nunca sentido, será que o encontra?
 
Passou a ser um dos meus livros favoritos. Aprovado e aconselhado!
 
 
Próxima ronda, já a ser lida: De Bagdade com Amor..., de Jay Kopelman. Alguém desse lado que já o leu, pronto para dar a sua opinião num próximo post? Para quem ainda não o leu, vão a correr comprar ou tirem-no da prateleira, vamos ler juntos/as! :)